‘Lula livre é palavra de ordem mundial’, afirma presidente da CUT
São Paulo – “O mundo sabe que o senhor é um preso político”, disse a secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharan Burrow, em visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta quinta-feira (9), em Curitiba. “Se os trabalhadores do mundo pudessem, votariam em Lula para presidente”, acrescentou a dirigente, ao lado do presidente da CUT, Vagner Freitas. Segundo ela, Lula está “fisicamente e mentalmente forte” – e deixou claro que não abre mão de sua candidatura.
“A mensagem dele é muito clara. Ele quer que os trabalhadores do mundo saibam que está determinado a concorrer à Presidência da República”, disse Sharan. “Lula livre é uma palavra de ordem mundial”, afirmou Vagner, enfatizando a importância do apoio internacional.
De acordo com o presidente da CUT, Lula está bem de saúde e com disposição. “Ele é candidato e nós vamos elegê-lo presidente da República”, afirmou, acrescentando outra mensagem do ex-presidente: “Fernando Haddad é o representante dele, fala em nome dele. É a voz de Lula enquanto ele estiver na cadeia”. Ainda segundo Vagner, o petista considera absurdas as proibições sobre sua participação em debates e “continuará fazendo as petições judiciais” nesse sentido.
Libertado em maio depois de dois anos e cinco meses de prisão, Han Sang-gyun, ex-presidente da Confederação Coreana de Sindicatos, também foi hoje à Vigília Lula Livre, em Curitiba, manifestar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril. O sindicalista foi preso por liderar protestos contra o governo sul-coreano. “Ele está solto e o presidente lá agora está preso. Vai acontecer aqui no Brasil”, disse Vagner Freitas, referindo-se a Michel Temer. Com o megafone, Sang-gyun repetiu a expressão “Lula livre” em português.
O senador uruguaio Juan Castillo, da Frente Ampla, também foi à vigília. “Há um inocente preso neste cárcere”, afirmou, falando da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde Lula está preso. Ele foi secretário-geral do PIT-CNT, principal central sindical do Uruguai.