19 de setembro de 2019

Desde a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder, o Brasil vive uma crise permanente que põe em perigo toda possibilidade de defesa de direitos democráticos, como deveria ser em uma democracia que se quer respeitada. Iniciada com o Golpe de Estado contra Dilma Rousseff, passando pelo aprisionamento político de Lula da Silva e o assassinato de Marielle Franco, as violações de direitos das populações LGBTIs, os feminicídios, o assassinato de indígenas, os incêndios na Amazônia têm piorado sob o atual governo de extrema-direita. Observa-se a escalada de um regime autoritário que viola toda forma de respeito à defesa aos Direitos Humanos e aos direitos democráticos.

Partindo desta constatação, organizações variadas propuseram a realização de uma Mesa Redonda com a temática « Resistência e Defesa dos Direitos Humanos e da Democracia no Brasil ». Entre elas, a Articulação para o Monitoramento dos DH no Brasil, o Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH, o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, o Processo de Articulação e Diálogo Internacional – PAD, a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH, o Fórum Ecumênico ACT Brasil, o SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia e a FIAN Brasil. Em Genebra, a organização do evento foi realizada pelo Comitê Internacional Lula Livre Genebra e Bloque Solidaridad América Unida. O objetivo do diálogo consistia em apresentar a realidade atual de violação sistemática dos direitos humanos no país, gerar reflexão em torno do tema e delinear caminhos possíveis para reverter ou minimizar a situação.

Diante de um público de aproximadamente 60 pessoas, seis organizações que atuam na defesa dos direitos humanos, no respeito ao meio ambiente e na proteção dos povos indígenas compuseram a mesa: Paulo César Carbonari (Articulação para o Monitoramento para os DH no Brasil), Roberta Amanajás (Assessora do FIAN Brasil), Aloir Pacini (Missionário do CIMI – Povos indígenas e violações de direitos no Brasil), Saturnina Choe (Povo Indígena Chiquitano / MT – A Amazônia Brasileira sob ataque), Lidiane Taverny Sales (Retireira do Araguaia) e Mercia Maria Alves da Silva (Militante e Educadora do SOS CORPO – Instituto Feminista pela Democracia e membro da coordenação do Processo de Articulação e Diálogo internacional: Violências no Brasil / Defensores/as de DH).

Durante o evento, o Comitê Internacional Lula Livre Genebra denunciou a prisão política de Lula da Silva, encarcerado desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal de Curitiba.

Confira as fotos:

Texto e fotos: Comitê Internacional Lula Livre Genebra