19 de outubro de 2019
O ex-presidente Michel Temer assumiu o cargo interinamente em abril de 2016, após a Câmara dos Deputados abrir processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Foto: Alan Santos/PR

A força-tarefa da Operação Lava Jato rejeitou uma delação que apontava para práticas de corrupção de Michel Temer, duas semanas antes do então vice-presidente assumir interinamente a presidência após o afastamento de Dilma Rousseff em 2016.

A denúncia, dispensada pela procuradoria por falta de “interesse público”, alegava que Temer recebeu propina de 1 milhão de reais da empresa Engevix como compensação de um contrato com uma usina da estatal de energia Eletronuclear.

A delação foi homologada apenas em 2018, após conversas vazadas entre Michel Temer e um dos sócios da multinacional brasileira JBS revelarem que Temer, já presidente, aconselhou o empresário a manter “as pendências zeradas” com Eduardo Cunha, na época presidente da Câmara dos Deputados. Michel Temer e Eduardo Cunha foram peças centrais na articulação do golpe contra Rousseff.

O conteúdo da delação foi utilizado em junho de 2018, a menos de seis meses do final do mandato de Temer, em uma ação penal que ocasionou a sua prisão preventiva no início do ano seguinte.

Com informações do Intercept Brasil e do El País. Leia a íntegra da reportagem aqui.