Lula pede defesa da democracia após Bolsonaro apoiar atos contra o Congresso
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2011) pediu a defesa da democracia logo após o presidente Jair Bolsonaro demonstrar seu apoio às convocatórias populares que demandam o fechamento do Congresso Nacional.
“Bolsonaro e o general Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional) estão provocando manifestações contra a democracia, a Constituição e as instituições, em mais um gesto autoritário de quem agride a liberdade e os direitos todos os dias”, escreveu Lula na sua conta do Twitter e acrescentou ser “urgente” que o Congresso Nacional, as instituições e a sociedade se posicionem contra este ataque para “defender a democracia”.
De acordo com os jornais locais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, Bolsonaro compartilhou em grupos privados do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp mensagens de apoio às convocatórias de protestos para o dia 15 de março contra o Congresso Nacional, que possuem como mote “O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre”.
De acordo com Lula, o que o país realmente precisa é criar empregos e tirar as pessoas da pobreza.
“Bolsonaro nunca combinou com democracia. É um falso patriota que entrega nossa soberania aos Estados Unidos e condena o povo à pobreza”, complementou.
Além de Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff (2011 – 2016) afirmou, na mesma rede social, que Bolsonaro e o general Heleno estão “atentando descaradamente contra a democracia”, e advertiu que se não houver uma resposta rápida das instituições, o país será novamente submerso na obscuridade das ditaduras.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2003) comentou que se confirmada a veracidade das mensagens de apoio de Bolsonaro, o Brasil estaria diante de uma crise institucional de consequências “gravíssimas”.
As mensagens de Bolsonaro chegaram poucos dias depois do general Heleno criticar parlamentares, chamando-os de chantagistas e acusando o Congresso Nacional de querer aumentar seu poder às custas do governo.